Vivemos tempos de confusão na Igreja, com pregações aberrantes de alguns pastores, levando os leigos a se dividirem em grupos com opiniões conflitantes. A correta compreensão da infalibilidade papal é essencial para superar essa dificuldade e encontrar solução.
A obra em questão trata da infalibilidade papal de modo integral e abundante com citações de fontes e referências documentais, com objetividade e clareza difíceis de encontrar em outras fontes, aclarando com didática admirável a instituição do Primado Apostólico, sua perpetuidade e seu magistério infalível, abordando inclusive certas polêmicas muito discutidas agora, como o caso do Papa Honório, acusado de ter incorrido em heresia pública.
Além disso, trata sobre a Constituição dogmática De Fide Catholica, também chamada Dei Filius, com temas fulcrais como a natureza de Deus Criador, a Revelação, a Fé e a razão.
Concílio Vaticano I | Explicação dogmática, filosófica e histórica dos decretos do Concílio Ecumênico
O Concílio do Vaticano (1869-1870), convocado pelo Papa Pio IX, representava uma reafirmação clara da doutrina genuinamente católica da Revelação, conforme definida pelo Concílio de Trento. Tinha como fim refutar a influência modernista no seio da Igreja, mas terminou sendo interrompido com a eclosão da guerra franco-prussiana, sem jamais ter sido retomado. Em paralelo à guerra, acontecia a tomada de Roma e províncias próximas pelas tropas italianas. Pio IX, sem entrar em acordo com os invasores, considerou que a liberdade do Concílio já não estava assegurada e julgou necessário prorrogá-lo por tempo indeterminado. Essa prorrogação, decretada em 20 de outubro, acabou na prática marcando o fim dos trabalhos conciliares até os nossos dias.
A intenção declarada era retomar as atividades o mais breve possível. Isso, infelizmente, nunca aconteceu: jamais houve uma cerimônia de encerramento e, muito pior, nunca houve a conclusão dos trabalhos iniciados. Ainda assim, este concílio definiu dogmas importantíssimos, como o da infalibilidade papal.